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Coluna

Da zebra ao título: Como a Holanda chocou a Euro 2017

Flavia Leal
Última atualização 29/10/2025 20:44
Flavia Leal
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Foto: Yves Herman/Reuters
Foto: Yves Herman/Reuters
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Um sentimento diferente, quase inédito, pairava no ar enquanto a Inglaterra viajava para a Holanda para disputar a Eurocopa Feminina de 2017. Para muitos torcedores, tanto da seleção masculina quanto da feminina, aquela era a primeira vez na história recente que sua equipe, a Inglaterra, chegava a um grande torneio sendo considerada uma das favoritas ao título. A base dessa confiança residia na forte união do grupo, um laço forjado pelo reconhecimento mútuo do esforço que cada jogadora individualmente havia dedicado para conseguir seu espaço no esporte.

Índice
Da redação ao campo: Uma jornada pessoal de cobertura e inspiraçãoA final histórica entre Lionesses e OranjeO esporte e a mudança social: Oportunidades perdidas

Contudo, a Inglaterra não era, de forma alguma, a única seleção que chegava em alta para o torneio. A França estava no top no ranking mundial, mantinha-se jogando de forma propositiva em 2017 e havia conquistado a SheBelieves Cup em março daquele ano. O elenco era dominado por jogadoras dos finalistas da Champions League, Olympique Lyonnais e Paris Saint-Germain, e o país também já se preparava para sediar a Copa do Mundo de 2019.

A Alemanha, por sua vez, era a força dominante da Eurocopa Feminina desde o início da competição, tendo levantado o troféu nas seis edições anteriores. Paralelamente, a Noruega, liderada pela vencedora da Champions League e eleita a Jogadora do Ano em 2017, Ada Hegerberg, havia sido vice-campeã, perdendo justamente para a Alemanha na Euro 2013. O cenário estava completamente em aberto.

As próprias anfitriãs eram consideradas as zebras, ocupando a décima segunda posição no ranking mundial da FIFA no início do torneio. E embora o futebol feminino na Holanda já demonstrasse sinais claros de progresso antes da competição, poucos as viam como candidatas sérias ao título. No entanto, com o apoio da torcida local e um elenco que contava com estrelas de alguns dos maiores times da Europa – incluindo Daniëlle van de Donk e Vivianne Miedema, do Arsenal, e Stefanie van der Gragt, do Bayern de Munique – as expectativas ainda eram altas.

Foto: Reprodução/Pixabay

Edições anteriores do torneio já haviam testemunhado um crescimento incrível tanto na participação quanto no público para os países anfitriões. Após o anúncio da Suécia como sede da edição de 2013, o registro de jogadoras no país cresceu 33%, atingindo 159.305 na temporada 2012-13. Esse número saltou para 165.259 após o torneio, e a média de público nos jogos da seleção sueca aumentou similarmente em 57% na temporada 2014-15.

Embora a Holanda não tenha passado por uma transformação tão espetacular logo após seu anúncio como sede em dezembro de 2014, os sinais eram, mesmo assim, muito positivos. O registro de jogadoras aumentou 10% nas duas temporadas e meia seguintes ao anúncio e, apesar de sua população relativamente pequena, a Holanda tornou-se confortavelmente a terceira maior nação da UEFA em número de praticantes. A média de público nos estádios também mais do que dobrou em três anos, um crescimento que se manteve desde então.

Naquele momento, poucas jogadoras do elenco inglês – se é que alguma – haviam sido profissionais durante toda a sua trajetória. Mas com o “Gameplan for Growth” (Plano de Jogo para o Crescimento) lançado no início daquele ano, descortinava-se um futuro no qual as meninas poderiam aspirar a jogar profissionalmente desde cedo. O caminho delas até a seleção principal estava agora mais claramente mapeado por equipes de base prósperas e, como resultado, havia um pool de talentos muito maior para escolher.

Da redação ao campo: Uma jornada pessoal de cobertura e inspiração

Com esse cenário como pano de fundo, o palco estava montado para um torneio emocionante – e ele certamente não decepcionou. As ruas holandesas se transformavam em rios laranja antes dos jogos da seleção da casa, com todos os ingressos para as partidas da Holanda esgotados e a audiência da TV atingindo níveis recordes. As anfitriãs desafiaram seu ranking modesto com um futebol de ataque vibrante e habilidoso, que iluminou a competição desde o início. Enquanto isso, as Lionesses (Seleção Inglesa) jogaram com determinação e entusiasmo para emergir invictas de seu grupo, antes de uma vitória impressionante contra a França, um time de muita posse de bola, nas quartas de final, na qual o gol da vitória foi marcado por Jodie Taylor, que acabaria como artilheira do torneio.

Foto: Reprodução/UEFA

Inglaterra e Holanda acabaram se enfrentando nas semifinais, em uma partida disputada no estádio do FC Twente em 3 de agosto, diante de um público de 27.000 pessoas. Para os outros quatro milhões que sintonizaram no Channel 4 (sem incluir aqueles que assistiam pela Eurosport), o que se seguiu foi um coração partido, com as Lionesses sofrendo uma derrota dolorosa por 3 a 0, cortesia de gols de Miedema, van de Donk e um desvio infeliz de Millie Bright no minuto final.

As anfitriãs acabaram derrotando a Dinamarca por 4 a 2 em uma final eletrizante, assistida por treze milhões de pessoas em todo o mundo. Impressionantes 5,4 milhões assistiram na Holanda, somando todos os canais que transmitiram o jogo (aproximadamente 85% de participação de mercado). Durante o torneio, mais de quatro milhões de visitas foram feitas à seção da Euro Feminina no site da UEFA. A hashtag #WEuro2017 teve mais de 550.000 interações nas redes sociais e mais de 4,4 milhões de visualizações de vídeo. O público presente nos estádios superou o recorde de 2013 (216.888), chegando a 240.045. Além disso, a Holanda se tornou o primeiro país-sede a vender todos os ingressos de seus jogos – 110.897 pessoas.

A final histórica entre Lionesses e Oranje

A enorme decepção pela equipe de Mark Sampson não ter voltado para casa com o troféu, especialmente sendo a equipe mais bem classificada que restava na penúltima rodada, foi equilibrada pelo orgulho de a Inglaterra ter chegado à sua segunda semifinal consecutiva em um grande torneio. Era fácil relevar a frustração porque havia uma sensação muito forte de que a equipe não estava longe de dar o salto crucial em direção à taça. E daqueles milhões assistindo, sem dúvida havia meninas saindo de casa com uma bola nos pés pela primeira vez. O efeito de ver mulheres suando, correndo, pulando e lutando, tanto em meninas quanto em meninos, jamais deve ser subestimado.

Foto: Shaun Botterill/Getty Images

Enquanto as Lionesses jogavam um futebol inspirador na Holanda, a Inglaterra vencia a Copa do Mundo de Críquete Feminino. Paul Collingwood, ex-jogador da seleção inglesa, tuitou:

“Eu venho tentando há anos e hoje, finalmente, minhas filhas querem jogar críquete! Obrigado, mulheres da @englandcricket, inspiradoras #WCWinners.”

Ou seja, não foi o pai delas, um tricampeão do Ashes, que as inspirou a pegar um taco, mas sim ver as mulheres jogando.

O esporte e a mudança social: Oportunidades perdidas

A FA (Associação de Futebol Inglesa) trabalhou arduamente para garantir que os frutos de mais um sucesso em torneios fossem colhidos integralmente, mas houve oportunidades perdidas. Foi anunciado que a Inglaterra abriria sua campanha de qualificação para a Copa do Mundo de 2019 no Prenton Park, do Tranmere Rovers, antes de ir a Walsall para enfrentar a Bósnia e Herzegovina, e depois a Colchester United para encarar o Cazaquistão. Com os grandes estádios da Premier League masculina sendo preteridos, era difícil não pensar que a oportunidade de usar esses jogos para manter o perfil das Lionesses em alta entre os grandes torneios estava sendo desperdiçada. Elas poderiam não ter lotado um estádio da Premier League ou Wembley, mas não ter a chance de tentar e de criar um burburinho em torno dos jogos parecia um desperdício. Os números de público dessas partidas – 7.047, um estádio lotado com 9.644 e outro lotado com 10.026 – não eram testes de fogo verdadeiros sobre a capacidade das mulheres de atrair multidões, e realizar jogos nas noites de terça e sexta-feira não trazia o destaque necessário nem fazia sentido logístico para os torcedores.

Foto: Tama/Pixabay

O crescimento do futebol feminino vinha sendo constante, mas gradual. Os públicos aumentavam lentamente; a participação crescia. Para os anfitriões da Copa do Mundo, como o Canadá, e da Euro, como a Suécia em 2013 e a Holanda, sediar uma grande competição havia proporcionado um impulso qualitativo ao futebol feminino nesses países. Observar o efeito da Eurocopa no futebol feminino na Holanda deixava a sensação de que um salto qualitativo semelhante seria necessário para acelerar o ritmo de crescimento e impedir que esses passos firmes, embora positivos, se tornassem esperados e rotineiros. As Lionesses eram, e são, profissionais esmagadoramente exemplares dentro e fora de campo. A Inglaterra tinha uma das melhores ligas femininas do mundo como suporte, empregava cinquenta e uma mulheres em cargos de gerência sênior ou superiores e contava com quarenta e quatro profissionais dedicadas à seleção.

Apesar de tudo isso, a Inglaterra nunca havia sediado uma Copa do Mundo Feminina, e até hoje não sediou. A FA organizou a Euro 2005, quando a competição era uma entidade muito menor, com apenas oito equipes competindo. Mesmo naquela época, mais de 29.000 pessoas compareceram à estreia da Inglaterra no City of Manchester Stadium, e um total de 117.384 pessoas assistiram às quinze partidas do torneio. Nos doze anos seguintes, as audiências cresceram exponencialmente. A audiência acumulada das partidas da Euro Feminina foi de 165 milhões em 2017, um aumento significativo em relação aos 116 milhões em 2013 e aos 48 milhões em 2009. Tornava-se cada vez mais claro que a FA precisava se candidatar para sediar um grande torneio. Eles finalmente o fizeram em agosto de 2018 e, no final daquele ano, a Inglaterra foi escolhida para sediar a edição de 2021 do evento europeu.

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